segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O VERDADEIRO AMOR

O amor jamais chega ao fim, contida no oitavo versículo do Hino ao Amor, escrito por Paulo, é algo que precisamos ouvir e repetir, para nós mesmos e o nosso cônjuge, todos os dias, enquanto vivermos.



“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.
E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.
O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal;
não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;
tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais acaba; ou, o amor jamais chega ao fim”
 -- I aos Coríntios 13:1-8.



Este texto de Paulo foi escrito para expressar o amor de Deus pela humanidade. Perfeitamente aplicável ao amor que deve existir entre marido e mulher, uma vez que o próprio Senhor utilizou-se da união conjugal para ilustrar o seu amor pela sua Igreja: “Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja” (Efésios 5:32).


A Bíblia Sagrada, oferece alguns conselhos e sugestões aos maridos e mulheres. Estes conselhos são viáveis e humanamente possíveis de serem seguidos.

1. – O amor é paciente

A paciência, na qualidade do amor entre marido e mulher, designa constância, resistência.
O sucesso de um casamento dependerá desta primeira virtude: paciência. Lento para irar-se, para não ofender-se ao primeiro insulto; não retaliar ou vingar-se na primeira oportunidade oferecida.
É aquele amor que espera o tempo do Senhor para realização dos seus propósitos e providências. Que não murmura ou fica impaciente, antes se submete ao Senhor.

2 –. O amor entre marido e mulher deve ser benigno
É aquele amor abundante, cortês, prestativo; que procura ser útil em todo o tempo e não somente aproveita as oportunidades para fazer o bem.
3. – O amor entre marido e mulher não deve ser invejoso, ou um amor imbuído de ciúmes

Há quem afirme que o ciúme é companheiro necessário ao amor. Todavia o Senhor diz na sua palavra: “O amor não é invejoso”, ou “o amor não tem ciúmes”.
Antes, propõe-se ao casal, marido e mulher, que o amor seja altruísta. Está escrito em Cantares 8:6 :“porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme”.

4.– O amor não se ufana
O cônjuge não deve buscar a posição de superioridade. Antes deve considerar um outro conselho do apóstolo Paulo: “Cada um considere o outro superior a si mesmo”.
5. – O amor não se ensoberbece
Ensoberbecer significa “inchar”; ser orgulhoso; ser arrogante; ser vaidoso. É aquele que ama a si próprio em detrimento do outro.
6. – O amor não é arrogante ou rude
O mesmo que agir com desonra ou, no sentido literal da palavra: agir de maneira desgraçada.
O amor entre marido e mulher deve ser aquele que se comporta com boas maneiras. Jamais trata o outro por meio de palavras inconvenientes, ou pratica ações indecentes. Não expõe o outro à vergonha.
Antes, o amor entre marido e mulher deve portar-se com reverência.
7. – O amor não busca seus próprios interesses
O amor não é egoísta, mas altruísta. Não insiste em seus próprios direitos, mas considera o direito do outro, sempre.
8. – O amor não se deixa provocar
Não é irritável; não se amargura ante as ofensas reais ou imaginárias. Pois a irritabilidade promove o ressentimento, e este, é uma forma de ódio.
9. – O amor não se ressente do mal
É não imaginar o mal onde ele não existe.
O amor entre marido e mulher deve ser um amor dotado de mente inocente, sem malícia, esperando ou procurando ver o lado melhor do seu cônjuge.
10. – O amor não se regozija quando vê a injustiça
É o amor que jamais se alegra quando o outro erra, quando sofre uma queda ou fraqueja.
Todo casal está sujeito a acertos e erros. Paulo enfatiza nesta palavra que havendo erro, o amor não cultiva a malícia, não se vinga; não fica afagando a memória os males sofridos, antes, busca perdoar.


É experimentar e viver a assertiva:

11. – O amor se regozija com a verdade
Regozijar-se com a verdade é alegrar-se por ouvir acerca do bem feito a outrem.
12 – O amor tudo sofre
A palavra “sofre” deriva de um termo grego que significa “telhado”. Um telhado cobre, protege, suporta a tempestade, conservando o bem estar os que se encontram no interior da casa.
13 – O amor crê em tudo
É acreditar no lado melhor do outro. É permanecer como amigo e amar e continuar amando ainda que um momento ou circunstância o desencoraje a tal.
14 – O amor tudo espera
O amor entre marido e mulher deve ter como alvo a esperança. É o amor que vê o lado brilhante do casamento e não se desespera.
15 – O amor tudo suporta
A tolerância é enfocada aqui por Paulo. É não por a culpa em Deus ou no outro por quaisquer circunstâncias adversas que possa apresentar a vida conjugal.
16 – O amor jamais chega ao fim
O amor entre marido e mulher está limitado ao corpo carnal, à existência de ambos. Até que a morte os separe.
Ao entrarmos na presença de Deus, não mais nos apresentaremos como marido e mulher, mas como seres individuais.
Todavia, prestaremos contas a Deus nos nossos gestos, palavras e atitudes, de sorte que o amor tem reflexos na eternidade.

CONCLUINDO
Todas estas coisas tem sido postas em dúvida, questionadas e até combatidas com rigor em os nossos dias.
Porém, que amor você tem colocado como alvo a seguir e colocar em prática perante o seu cônjuge? Este amor que lhes foi apresentado? Ou o “amor” que podemos nomear como outra coisa qualquer, menos amor; que tem sido apregoado como único e verdadeiro amor, mas que tem como prática as muitas contendas entre marido e mulher; que tem gerado tantos divórcios, separações entre pais e filhos, tanta destruição de lares nos nossos dias? Que ante à menor dificuldade, põe-se tudo a perder, até mesmo por coisas insignificantes? Vidas são descartadas e massacradas, mesmo que tenham nome de marido, mulher, filhos, casal, família.
Acredito que precisamos ouvir mais, reforçar mais, lermos para nós mesmos, sobre este amor verdadeiro: O amor jamais chega ao fim. É o amor de Deus colocado à disposição de cada um de nós, para experimentarmos, para desfrutarmos, para doarmos uns aos outros, em especial ao marido, à esposa, aos filhos, à família.
Que o Senhor nos ajude a experimentar e viver este verdadeiro amor!